O movimento na sede socialista do Largo do Rato tem vindo a aumentar significativamente desde as 15:00, e a fila já contorna o edifício até à esquina com a rua das Amoreiras.
Entretanto, uma comitiva do PCP, composta pelo líder parlamentar, João Oliveira, o vice-presidente da bancada comunista António Filipe e pelo membro do secretariado nacional do Comité Central José Capucho também já prestou a sua homenagem, mas escusou-se a prestar declarações.
Antes, a líder bloquista, Catarina Martins, e os também dirigentes do BE Marisa Matias e Luís Fazenda compareceram à homenagem a Soares, tal como o presidente do PSD e líder da oposição, Pedro Passos Coelho, assinando um dos quatro livros de condolências disponíveis a toda a população no Palácio Praia.
Neste momento, há uma fila contínua desde o 'hall' de entrada do edifício cor-de-rosa até ao salão nobre, onde estão três dos livros, enquanto no piso térreo há dois outros volumes para pessoas que tenham maior dificuldade de locomoção.
A fila tem cerca de meia hora de espera.
O PS prevê manter as portas da sede abertas até às 19:00. Terça-feira as pessoas que quiserem render homenagem a Soares poderão fazê-lo entre as 10:00 e as 21:30 no mesmo local, onde está instalado um ecrã gigante com um vídeo que resume a vida política do estadista e dois cartazes gigantes em que o fundador do PS aparece ladeado pela mulher, Maria Barroso, e, na outra, pelo antigo camarada de partido Salgado Zenha.
Mário Soares morreu no sábado Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde esteve internado 26 dias, desde 13 de dezembro.
O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.
O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de segunda-feira, e o funeral de Estado realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira, para o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.
Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.
Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
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