Com os inesperados êxitos do 'Brexit' e de Trump, "2016 foi o ano em que o mundo anglo-saxão despertou. E 2017 será, estou certa disso, o ano do despertar da Europa continental", declarou Le Pen em Koblenz, na Alemanha, durante uma reunião dos partidos membros do grupo Europa das Nações e das Liberdades (ENL) do Parlamento Europeu.
Os eleitores de França, Alemanha e Holanda - países onde serão realizadas em 2017 eleições - "podem mudar a face da Europa", disse a líder da Frente Nacional (FN) francesa.
"Agora é preciso passar à próxima etapa, na qual não nos contentaremos em ser uma minoria no Parlamento Europeu, momento na qual teremos a maioria nas urnas em cada eleição", proclamou a política francesa diante de centenas de pessoas que a aplaudiram.
Além de estar confiante no seu próprio êxito nas eleições presidenciais em França, Le Pen desejou as vitórias da Alternativa para a Alemanha (AfD) de Frauke Petry nas legislativas de 24 de setembro e dos holandeses do Partido pela Liberdade (PVV) de Geert Wildersen em março.
"Estas vitórias podem mudar a face da Europa, se chegarmos ao poder em cada um dos países da União (Europeia) e pudermos organizar de forma concertada um abandono do mundo antigo", acrescentou a dirigente.
Le Pen voltou a atacar o euro e a União Europeia (UE). Na sua opinião a moeda única deixa os Estados "atados" e a UE é dirigida por "elites" e os "tiranos", acrescentando que as políticas de Merkel permitiram que um milhão de migrantes chegasse à Alemanha em 2015.
A tomada de posse de Donald Trump também não foi esquecida. Geert Wilders, chefe do partido holandês PVV deixou o aviso das intenções dos partidos que estavam presentes no encontro.
"Ontem Washington, uma nova América. Hoje Koblenz, amanhã uma nova Europa (...). Estamos no amanhecer de uma primavera patriótica", declarou o líder que pode vencer as legislativas de março.
Paralelamente, 3.000 manifestantes, segundo a polícia, reuniram-se para denunciar esta reunião. Os manifestantes mostravam imagens de Hitler e Mussolini enquanto estava a ser monitorizados de perto por cerca de 1.000 agentes.
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