A mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa foi transmitida no início da cerimónia de entrega dos Sophia, os prémios atribuídos pela Academia Portuguesa de Cinema, no Casino Estoril, na qual estiveram sobretudo os nomeados, convidados e o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva.

"Acompanho a situação do cinema português e do cinema em Portugal antes e durante esta pandemia" da covid-19, sublinhou o Presidente da República, elogiando os "frequentes vencedores" de prémios de cinema, em Portugal e no estrangeiro: "Eu quero valorizar a mobilização, a militância dos profissionais do cinema, todos eles".

No entanto, o chefe de Estado disse que também conhece "o reverso da medalha": "Os problemas legais, as questões burocráticas, os entraves orçamentais, a falta de sensibilidade cultural e política e, como se não bastasse tudo isto, os problemas sanitários, afetando gravemente a produção, a distribuição e a exibição".

Marcelo Rebelo de Sousa terminou a mensagem deixando "uma palavra de ânimo, de confiança, como ouvinte atento e como grato espetador" do cinema português.

A oitava edição dos prémios Sophia deveria ter acontecido em 22 de março, mas acabou por ser reagendada para hoje por causa da pandemia da covid-19.

Este ano, os filmes mais nomeados para os Sophia são "Variações", de João Maia, sobre o músico António Variações, com 17 nomeações, "A Herdade", de Tiago Guedes, com 15, e "Vitalina Varela", de Pedro Costa, e "Diamantino", de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, ambos com seis nomeações.

O prémio de carreira distingue os realizadores António-Pedro Vasconcelos, Fernando Matos Silva e Alfredo Tropa, que morreu em julho passado.