Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, lembra que José Arruda "foi condecorado pelo Estado português com a Ordem do Mérito, grau de comendador, e com o grau de grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique" - respetivamente, em 2004 e 2016, pelos seus antecessores Jorge Sampaio e Cavaco Silva.
"O comendador José Eduardo Gaspar Arruda assegurou de uma forma extremamente dedicada, altruísta e meritória a reafirmação dos direitos à recuperação moral e material dos deficientes das Forças Armadas, numa permanente defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação do ser humano, da justiça social e promoção da liberdade", escreve o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa "lamenta a sua morte e envia as mais sentidas condolências à família, aos amigos, à ADFA e às Forças Armadas".
O presidente da ADFA, José Arruda, morreu hoje no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, anunciou esta estrutura associativa.
Em comunicado, a associação expressou "enorme mágoa e profunda consternação" pelo seu "falecimento inesperado".
"Sublinhamos e homenageamos o homem de Abril, que viveu na plenitude os valores da democracia, em liberdade e solidariedade", lê-se no comunicado.
José Arruda nasceu em Moçambique em 10 de março de 1949, e desenvolveu uma carreira de atleta até integrar o serviço militar obrigatório. Foi ferido, em 1971, durante a guerra colonial, "acidente do qual resultou a cegueira e a amputação do membro superior esquerdo".
Em 1973, durante a permanência no Hospital Militar Principal, participou no movimento de apoio à criação do estatuto do deficiente das Forças Armadas, tendo posteriormente, em 1974, participado na primeira assembleia geral da recém-criada ADFA, após o 25 de Abril.
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