Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se já três vezes a Itália como chefe de Estado, a primeira logo no início do seu mandato, em maio de 2016, tendo sido recebido na altura em Roma pelo Presidente italiano, Sergio Mattarella. Mais tarde, esteve em Florença e em Nápoles.
Mattarella, por sua vez, efetuou uma visita de Estado a Portugal em dezembro de 2017. Os dois estiveram juntos uma dezena de vezes, sobretudo, em encontros do Grupo de Arraiolos, que reúne presidentes europeus sem poderes executivos, ou da organização empresarial Cotec Europa, que segundo a Presidência da República “têm permitido fomentar o diálogo bilateral ao mais alto nível”.
O chefe de Estado vai a Itália num quadro de relações bilaterais caracterizadas como de “nível de excelência”, para “confirmar o dinamismo e vitalidade do relacionamento luso-italiano e abordar um conjunto de temas de interesse mútuo nos contextos europeu e internacional”, lê-se na mesma nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.
Nesta visita de Estado à quarta maior economia da União Europeia, Marcelo Rebelo de Sousa estará acompanhado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, e pelos deputados à Assembleia da República Jorge Lacão, do PS, Adão Silva, do PSD, Bruno Dias, do PCP, e Ana Rita Bessa, do CDS-PP.
O programa começa na segunda-feira ao fim do dia, em Roma, com uma receção à comunidade portuguesa. De acordo com uma estimativa consular, residem em Itália cerca de sete mil portugueses, grande parte deles estudantes, e perto de metade na região do Lazio, onde se encontra a capital, Roma.
Na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa é recebido oficialmente no Palácio do Quirinal por Sergio Mattarella, estando previstas declarações conjuntas à comunicação social no final.
Depois, reúne-se com a presidente do Senado, Maria Elisabetta Alberti Casellati, seguindo-se um encontro e almoço com o primeiro-ministro Giuseppe Conte, na sede do Governo italiano.
Mais tarde, tem ainda uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, e um jantar oficial em sua honra oferecido pelo Presidente da República Italiana.
Na quarta-feira de manhã, Marcelo Rebelo de Sousa presta homenagem ao soldado desconhecido, antes de viajar de comboio para Bolonha, com um dia dedicado “à importância da educação e do ensino superior”.
Depois de uma audiência com o presidente da região Emilia Romagna, Stefano Bonaccini, o chefe de Estado é distinguido com o ‘Sigillum Magnum’ da Universidade de Bolonha, numa cerimónia com a presença de Sergio Mattarella.
Os dois presidentes terão uma “cerimónia oficial de despedida, que simboliza o fim formal da visita de Estado”, mas o programa de Marcelo Rebelo de Sousa só termina na Câmara Municipal de Bolonha, com “um diálogo com estudantes universitários”.
Comentários