“O importante é que todos percebam que têm a ganhar com um ano letivo relativamente normal. Os grandes interessados são os alunos, depois as famílias e depois os professores, sendo um erro pensar que os professores são ganhadores ou perdedores”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista à TVI, no Palácio Nacional de Belém.
O ano letivo arranca entre 12 e 15 de setembro e as greves já convocadas por algumas organizações sindicais fazem antever um ano marcado pela contestação dos docentes, à semelhança do anterior.
O chefe de Estado referiu que as greves fazem parte da vida democrática e todos percebem, em geral, que a ideia é manter o diálogo.
“Trata-se de uma questão complicada. E a questão complicada é definir se sim ou não à recuperação do tempo perdido e em que termos”, lembrou.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que o Governo chegou a ter uma “posição fechada” sobre o assunto e depois, fruto de uma elasticidade financeira, permitiu um reajustamento.
Contudo, o Presidente da República acredita que este ano letivo 2023/24 vai correr melhor do que o anterior porque as “pessoas aprendem”.
“Acho que vai correr melhor, as pessoas aprendem, quer dizer, é evidente que ouvi ontem o senhor ministro da Educação dizer que havia quanto à colocação de professores dificuldades que ocorreram e que havia ajustamentos a fazer em termos de mapas de horários, mas que tencionava normalizar isso rapidamente”, sublinhou.
Na sexta-feira, o ministro da Educação lamentou a convocação de greves para o arranque do ano letivo, defendendo que os alunos devem estar em primeiro lugar e, por isso, o ano deve começar “com as escolas em pleno funcionamento”.
“Não começamos um ano letivo com as escolas fechadas, temos de começar o ano letivo com as escolas em pleno funcionamento”, sublinhou o ministro João Costa em declarações aos jornalistas à margem do encontro Book 2.0, promovido pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, em Lisboa.
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