“É uma boa notícia que Portugal tenha saído do grupo de países de desequilíbrios excessivos, para um outro grupo de países onde se encontram grandes economias europeias. O que significa que passos importantes foram dados”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado, que falava após uma visita ao Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, no concelho de Sintra, acrescentou sentir, baseado no passado, “um apelo de futuro”: “temos de dar ainda mais passos do ponto de vista económico e financeiro”.
Para o Presidente, “os portugueses têm que ser ambiciosos” e continuar a aprofundar o crescimento económico.
“Temos de olhar para aquilo que em termos estruturais há que fazer. Há que manter o caminho em termos de rigor orçamental, há que manter o caminho e aprofundá-lo em termos de recuperação da descida da nossa dívida pública”, frisou.
No sentido de acelerar o crescimento económico, o país deve “criar condições no domínio do investimento e das exportações” e ainda “olhar para as condicionantes variáveis que permitem esse crescimento e a criação de emprego e mais justiça social”, vincou Marcelo Rebelo de Sousa.
Condicionantes que o chefe de Estado apontou irem “desde as instituições do Estado, a administração pública em geral, o incentivo ao investimento, interno e externo, a racionalidade e o controlo do investimento público”, assim como “um aspeto fundamental que faz a diferença nas sociedades contemporâneas que é a qualificação”, quer no plano profissional, quer no plano pós-graduado.
A Comissão Europeia retirou hoje Portugal da lista de Estados-membros com “desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, por ocasião da adoção do “pacote de inverno de semestre europeu” de coordenação de políticas económicas, considerando agora que o país apresenta apenas “desequilíbrios”.
Bruxelas identificou em novembro passado 12 Estados-membros que considerou merecerem uma “análise aprofundada” devido aos seus desequilíbrios macroeconómicos, e hoje retirou da lista a Eslovénia e desagravou o nível de desequilíbrios de outros três, Portugal, França e Bulgária, que passam a ser considerados países simplesmente com “desequilíbrios económicos”.
Para Portugal e Bulgária, a Comissão Europeia sublinha a necessidade de prosseguir esforços complementares com vista a uma “correção sustentável dos desequilíbrios”, pedindo a Lisboa que apresente em abril um Programa Nacional de Reformas “ambicioso”.
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