“Entendo que a estabilidade financeira exige que se olhe para o futuro, que se veja o que é preciso fazer ainda e completar o que foi feito no último ano, em termos de fortalecer, banco a banco, instituição a instituição, o sistema bancário português, porque sem ele não há financiamento da economia”, disse Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pelos jornalistas à margem de um encontro de ordens profissionais de saúde em Lisboa.
Instado pelos jornalistas, o chefe de Estado recusou comentar se o governador do Banco de Portugal tem condições para continuar à frente do cargo, depois de um conjunto de reportagens de investigação da SIC divulgadas esta semana sobre a atuação de Carlos Costa nos anos que antecederam a resolução do Banco Espírito Santo (BES), que acabou por ocorrer em agosto de 2014.
“Sobre banca sou por natureza muito determinado, defendo a estabilidade e a consolidação do sistema financeiro e, portanto, passo por cima das querelas do momento”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado também sobre a transferência de cerca de 10 mil milhões de euros para ‘offshore’ (paraísos fiscais) entre 2011 e 2014 sem o tratamento inspetivo da Autoridade Tributária, o Presidente da República recusou também comentar.
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