“Admito até que a minha posição seja exatamente oposta àquela que foi a posição desse escritório, mas é assim, as pessoas sabem e conhecem-me: pode ser o meu filho, o meu neto, o meu irmão a terem a sua atividade profissional, isso a mim é completamente irrelevante. Se eu entendo que é errado ou tenho dúvidas e tem que ser esclarecido, trata-se da mesma maneira como se trataria como se fosse o pai, o filho, o irmão de quem quer que seja”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa à margem de uma cerimónia no Cabo da Roca, em Sintra.
O chefe de Estado referia-se à posição jurídica que justificou o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros à então administradora da TAP e secretário de Estado agora demitida, Alexandra Reis, por parte da companhia área portuguesa.
“Eu sempre disse uma coisa: o Presidente é o Presidente, a família do Presidente é a família do Presidente e, por isso, este foi um bom exemplo. Eu dei a minha posição várias vezes antes de saber sequer que se tratava de uma matéria tratada por um dos advogados de um escritório onde o meu irmão exerceu funções – como dirigente, e hoje tem uma posição simbólica”, defendeu.
Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado à margem das comemorações dos 250 anos do Farol do Cabo da Roca, no concelho de Sintra, sobre a notícia avançada na terça-feira pelo jornal ‘online’ ‘ECO/Advocatus’ de que o escritório de advogados liderado por Pedro Rebelo de Sousa, seu irmão, a SRS Legal, foi a sociedade que esteve a assessorar juridicamente a TAP no acordo de indemnização a Alexandra Reis — secretária de Estado do Tesouro entretanto demitida.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP.
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