Em declarações aos jornalistas, em Cascais, o chefe de Estado argumentou que, "pela própria lógica de ter, durante quatro anos e meio, colaborado diretamente com o ainda ministro Mário Centeno", o novo ministro das Finanças, João Leão, que tomará posse na segunda-feira, dá "uma garantia de continuidade que é fundamental".
"Quer dizer, aquilo que me preocupava, em primeira linha, em termos de interesse do país, por estarmos em pandemia e por estarmos em crise económico e social, era que não houvesse uma mudança de rumo em matéria de política financeira, nomeadamente política orçamental", afirmou o Presidente da República, acrescentando: "Não haverá a mudança de rumo, e isso é importante".
Interrogado, depois, se lhe parece aceitável Mário Centeno deixar o cargo de ministro de Estado e das Finanças "a meio de uma guerra", Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que isso "é uma escolha do próprio" e que o que lhe cabia como Presidente da República era "garantir que a estratégia na guerra não mudava".
"E não muda, na medida em que o sucessor é um colaborador do antecessor", reiterou o chefe de Estado, comparando a atual conjuntura a "uma guerra" que tem "uma frente económica e social" e ao mesmo tempo uma "frente de saúde pública" de combate à doença covid-19.
O Presidente da República comunicou hoje através de uma nota que aceitou as propostas do primeiro-ministro de exoneração de Mário Centeno, a seu pedido, do cargo de ministro de Estado e das Finanças, e de nomeação, em sua substituição, de João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento, a quem dará posse na próxima segunda-feira.
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