Jorge Silva disse à Lusa que os imigrantes estão a manifestar-se para exigir “direitos iguais”, porque, explicou, são trabalhadores que fazem descontos há vários anos em vários setores da sociedade mas que não têm direito a documentos de residência ou acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os imigrantes dizem que estão contra o que consideram ser escravatura e pedem por isso “ajuda” aos partidos com representação parlamentar.
A maior parte dos manifestantes são oriundos de África e da Ásia.
No final de março, a associação já tinha promovido uma concentração junto às instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em Lisboa para protestar contra a falta de documentos e a demora nas autorizações de residência.
Na altura, algumas dezenas de imigrantes “ilegais” criticaram a demora do SEF em passar a documentação a pessoas que trabalham e descontam e Portugal.
Os manifestantes chegaram a encontrar-se com o diretor-adjunto regional do SEF, tendo um elemento da associação dito na altura que há pessoas “há quatro, cinco e seis anos a trabalhar e a descontar para a segurança social e para o fisco em Portugal que ainda não têm autorização de residência”.
Em relação às demoras nos processos de legalização, segundo Timoteo Macedo, o subdiretor regional do SEF justificou com a falta de pessoal que não permite ao serviço acelerar os processos, havendo, por isso, “gente em situações desesperadas”.
O protesto de março reuniu várias dezenas de imigrantes, na maioria provenientes do Bangladesh, Nepal e Paquistão, e que se sentaram na avenida António Augusto Aguiar.
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