A imigração ilegal é uma questão importante na campanha que começou oficialmente na quarta-feira, com o anúncio da data das eleições pelo primeiro-ministro, o conservador Rishi Sunak. As eleições foram convocadas para 04 de julho, o que surpreendeu por ser mais cedo do que o previsto.
Quando assumiu a liderança do Governo britânico, em outubro de 2022, Sunak prometeu pôr fim à chegada de imigrantes irregulares e fazer disso uma das suas prioridades.
Na sexta-feira, cinco novos barcos chegaram ao sul de Inglaterra com 288 migrantes a bordo, segundo dados do Ministério do Interior publicados hoje.
Com esse número adicional, desde o início do ano, 10.170 pessoas conseguiram atravessar o Canal da Mancha, que separa Inglaterra e França, para o Reino Unido, mais 35% face a 2022.
Muitos desses imigrantes provêm do Afeganistão, do Irão e da Turquia.
O Governo do Reino Unido esperava dissuadir os imigrantes de virem para o Reino Unido com a sua lei de deportação de milhares de requerentes de asilo para o Ruanda.
Na quinta-feira, Rishi Sunak admitiu que este projeto muito controverso provavelmente não seria executado antes das eleições, mas adiantou que queria ver os primeiros voos descolarem após a eleição, caso vença.
Os trabalhistas, que têm uma vantagem de mais de 20 pontos percentuais nas sondagens sobre o Partido Conservador (no poder desde 2010), prometeram que abandonarão a política de deportação de imigrantes para o Ruanda, criticando um “artifício” dispendioso e ineficaz.
“O Governo perdeu o controlo das nossas fronteiras”, disse Keir Starmer, o líder da oposição e futuro primeiro-ministro, se o Partido Trabalhista vencer as eleições.
O Partido Trabalhista também acredita que a imigração é demasiado elevada e prometeu utilizar meios inspirados na luta contra o terrorismo para combater os grupos de contrabandistas.
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