“Civis pacíficos foram detidos pelos ocupantes e enviados para locais de detenção. Há conhecimento de quatro destas prisões: duas em Olenivka, o centro de detenção de Donetsk e de Makiivka”, afirmaram as autoridades locais numa mensagem na rede social Telegram e divulgada pelas agências Ukrinform e Unian.
A mesma fonte referiu que os reclusos estão “em condições terríveis e inumanas, como num campo de concentração, presos em celas estreitas de dois por três metros com dez pessoas”.
De acordo com a Câmara de Mariupol, os detidos apenas recebem água e comida e não têm saídas ao exterior nem acesso a cuidados médicos.
“São submetidos a diversas formas de tortura, desde psicológica a física”, frisou.
O presidente da Câmara de Mariupol, Vadim Boychenko, fez um apelo à Cruz Vermelha e às Nações Unidas para prestarem atenção “às detenções ilegais de civis na cidade” e para usarem “todos os recursos possíveis para obter listas de prisioneiros”.
Na mesma comunicação, o autarca defendeu que estas organizações internacionais devem trabalhar para garantir que as condições dos reclusos sejam “dignificadas”.
“Temos de trabalhar juntos para a libertação de todos os residentes de Mariupol”, acrescentou.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
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