Fonte oficial da PSP referiu à Lusa que “a mãe da criança foi intercetada pelas 10h15, interrogada, constituída arguida e sujeita a termo de identidade e residência, tendo todavia informado que a criança lhe tinha sido subtraída”, continuando o caso sob investigação.
Acrescentou também que a menina, de quatro anos, foi transportada pelas 16h35 para uma casa de acolhimento, em Lisboa, no âmbito da lei de proteção de crianças e jovens em perigo.
“De todos os factos e diligências efetuadas pela PSP foi já dado conhecimento ao Ministério Público”, adiantou a mesma fonte.
O alerta para o abandono da criança foi dado por volta das 06:00 por um transeunte que testemunhou uma pessoa a deixar um carrinho de bebé na Avenida 5 de Outubro, junto à estação de Entrecampos, e a abandonar o local.
Na sequência do alerta, foram acionados meios policiais para o local e a criança foi transportada para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, para ser observada, indicou a PSP, referindo que, embora tenha uma deficiência congénita, “não tinha qualquer ferimento”, pelo que teve alta hospitalar antes de ser levada para a casa de acolhimento.
A polícia realizou diligências para identificar a pessoa que abandonou a criança, inclusive através de imagens de videovigilância de vários estabelecimentos perto do local.
A mulher, com cerca de 25 anos, “foi encontrada visivelmente embriagada na via pública”, adiantou a PSP, acrescentando que a informação que dispõe é de que “esteve num bar durante a madrugada e, depois de ter saído do bar, terá deixado a criança na via pública”.
No âmbito da inquirição, o discurso da mulher não se revelou “coerente” e apresentou “ideias díspares”, tendo inclusive começado por dizer que a criança tinha sido raptada.
De acordo com a PSP, a mãe desta criança incorre num crime de exposição ou abandono.
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