Numa entrevista exclusiva à agência de notícias Agence France-Presse (AFP) durante a tarde desta quinta-feira, dia 1 de março, Lula reafirmou o desejo de concorrer às eleições presidenciais de outubro, garantindo ainda ganhar na primeira volta.
Lula da Silva foi condenado em 24 de janeiro por unanimidade, por três juízes do Tribunal Regional da 4.ª Região (TRF4), a doze anos e um mês de prisão, uma sentença que o tribunal determinou que fosse cumprida assim que todos os recursos apresentados no mesmo tribunal se esgotarem.
No entanto, a defesa do ex-presidente realizou diferentes manobras judiciais nas últimas semanas para evitar que este seja preso antes que os recursos sejam analisados por tribunais superiores, como o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) ou o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Se eles [acabarem] por me condenar e me prenderem, [então] estão a condenar um inocente, a prender um inocente. Isto tem um preço histórico. Se querem tomar essa decisão, vão arcar com a responsabilidade do que vai acontecer no país", alertou. "Por isso, durmo tranquilo", afirmou Lula, em São Paulo.
Descartou, no entanto, criar tensões eleitorais.
"Vamos disputar democraticamente as eleições. Este país não tem cultura de violência durante o processo eleitoral", disse.
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