“Há muitas pessoas que sabem usar o Metro, mas não sabem usar a Carris, porque a Carris é mais complicada. Esse é um caminho. É ter um mapa mais simples para a Carris”, disse Miguel Gaspar (PS) durante a reunião de câmara descentralizada destinada a ouvir os munícipes das freguesias de São Vicente e Penha de França, que decorreu no pavilhão municipal Castelbranco.
Vários munícipes levaram o tema à sessão, nomeadamente Andreia Paixão, que defendeu não ser “possível usar os autocarros, porque não são previsíveis quando é que vão aparecer e quando é que não vão aparecer”.
Andreia Paixão salientou que aumentar o número de motoristas não será suficiente, acrescentando que seria importante “reduzir linhas, mas ser mais simples, mais diretas, mais frequentes”.
Em resposta, Miguel Gaspar sublinhou que não irá cortar autocarros e que pretende, pelo contrário, reforçar a rede.
Ainda assim, o vereador reforçou que “é importante ter um mapa um bocadinho mais fácil, que mais pessoas possam usar”, sem, no entanto, revelar mais pormenores sobre a forma como estará a ser feito.
Além disso, o autarca notou a utilidade da aplicação para telemóvel da Carris, para quem tem acesso, e a partir da qual é “possível receber avisos” sobre quanto tempo falta para chegar o autocarro.
No final da reunião, a vereadora do CDS-PP Assunção Cristas contrapôs Miguel Gaspar, dizendo que a “aplicação informática da Carris” não fornece “informação fidedigna”.
Também o vereador do PCP João Ferreira criticou a “péssima qualidade do transporte público” na cidade de Lisboa.
Já Manuel Grilo, vereador do BE (partido que tem um acordo de governação do concelho firmado após as últimas autárquicas), afirmou que "a Carris funciona de forma bastante fiável" e que a aplicação para telemóvel "também funciona muito bem", indicando o tempo que falta para os autocarros.
O vereador, responsável pela Mobilidade na capital, admitiu, contudo, a necessidade de vir a reforçar no futuro as carreiras de autocarros à noite e ao fim de semana, com a contratação de mais motoristas.
Na reunião descentralizada de quinta-feira, vários munícipes voltaram a apresentar problemas relacionados com a higiene urbana, como tem sido habitual nestas e noutras sessões públicas da câmara e da Assembleia Municipal de Lisboa.
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