“Temos de unir esforços e consensualizar ações que possam ser necessárias tomar, desde logo legislativas, e temos obrigação de estar [disponíveis]”, disse aos jornalistas o dirigente, no concelho de Carregal do Sal, no distrito de Viseu.
O líder socialista, que falava à margem de uma visita à localidade de Laceiras, na freguesia de Cabanas de Viriato, onde ardeu uma casa de primeira habitação e um aviário nos incêndios da semana passada, defendeu que é necessário “fazer as reformas que forem necessárias e continuar aquilo que está a ser feito”.
Salientando que os incêndios rurais são um “desafio complexo” e de difícil resolução, Pedro Nuno Santos alertou que o problema, devido às alterações climáticas, tem tendência a agravar-se e fenómenos como os de 2017 e 2024 são “infelizmente mais comuns”.
“Há um caminho que se está a fazer, mas infelizmente temos um desafio que tem tendência a agravar-se e não vimos nas declarações dos responsáveis políticos da nota pública da consciência que este é um problema que tem a ver com as alterações climáticas e o despovoamento do interior”, sublinhou.
O secretário-geral do PS considera que são necessárias políticas para a limpeza de terrenos e despovoamento do interior, “não como um peso, mas como uma oportunidade de desenvolvimento”.
Em conversa com o presidente da Câmara de Carregal do Sal, Paulo Catalino, o dirigente socialista disse que o despovoamento do interior e as alterações climáticas são os dois grandes desafios que se colocam atualmente e que são “muito difíceis de resolver”.
Pedro Nuno Santos voltou a criticar as declarações do primeiro-ministro por revelarem que está focado “apenas num elemento [mão criminosa], que é importante, mas sobre o qual se tem atuado ao longo dos anos”, com o aumento da detenção de incendiários.
O dirigente socialista considerou preocupante que Luís Montenegro não tenha falado sobre outros problemas que afetam a floresta, como a prevenção, a reforma da floresta e a necessidade de se intensificar o cadastro e ter políticas para o emparcelamento da terra.
“Sobre isto não ouvimos uma palavra e isso é preocupante”, sublinhou Pedro Nuno Santos, que desafiou o primeiro-ministro a ir para o terreno e estar junto às populações e autarcas.
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