Segundo uma investigação do The Wall Street Journal, Putin e Musk têm mantido contactos regulares desde o final de 2022.
Nestas conversas terão sido endereçados "assuntos pessoais, de negócios e ainda questões de geopolítica".
"Não sei se é verdade. Penso que devia ser investigado", defendeu Bill Nelson. "Se for verdade (...) então penso que isso seria preocupante, especialmente para a NASA, o Departamento de Defesa e para algumas das agências de serviços secretos", disse, citado pela CNN.
Os contactos regulares entre os dois foram confirmados ao The Wall Street Journal por vários ex-oficiais e oficiais ainda em funções, tanto dos EUA, como europeus e russos.
A Casa Branca diz que não tinha conhecimento destes contactos. Já o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que não está em condições de corroborar ou contradizer as afirmações do The Wall Street Journal, e o Pentágono preferiu não comentar.
Do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou apenas um telefonema entre os dois, onde discutiram "o Espaço, assim como tecnologias de futuro".
O The Wall Street Journal chega mesmo a referir um pedido de Putin a Musk para que não ative o sistema de satélites de Internet Starlink em Taiwan como "um favor ao líder chinês Xi Jinping".
Como recorda a CNN, o sistema de ligação à Internet por satélite Starlink tem sido fundamental para a Ucrânia no conflito contra a Rússia, sendo uma fonte vital de comunicação para o exército ucraniano.
Mas também este apoio já se viu envolto em polémica.
Numa determinada fase do conflito a SpaceX limitou as telecomunicações áreas controladas pela Ucrânia, limitando avanços militares no terreno em áreas ocupadas por forças russas.
Numa outra ocasião, as forças ucranianas confirmaram a utilização do sistema por parte das forças russas em áreas ocupadas pela Rússia, que terá comprado a terceiros o acesso a estes terminais.
Numa biografia de Musk, escrita por Walter Isaacson, Musk negou um pedido para que o Starlink fosse ligado junto à costa da Crimeia no ano passado por temer que a Rússia respondesse com um ataque com armas nucleares.
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