“No círculo de Setúbal, vamos apresentar ao Conselho Nacional a Joana Cordeiro como cabeça de lista”, disse Rui Rocha, adiantando logo de seguida outros nomes que serão submetidos a votação no Conselho Nacional da IL, que se realiza este sábado.
Bernardo Blanco e Mariana Leitão por Lisboa, Carlos Guimarães Pinto e Patrícia Gilvaz pelo Porto, João Cotrim Figueiredo pelo círculo da Europa e o independente Pedro Brinca por Coimbra, foram outros nomes anunciados por Rui Rocha em Setúbal.
Antes de revelar alguns dos mais que prováveis cabeças-de-lista da IL , Rui Rocha começou por advertir os seus apoiantes para os apelos ao voto útil nas legislativas de março de 2024.
“Sobre voto útil, aquilo que eu quero dizer-vos é que voto útil nestas eleições é o voto que muda o governo, porque é muito importante mudar o governo. Mas, mais do que isso, é o voto que, mudando o governo, muda também o país”, disse Rui Rocha, que deu como exemplo dessa necessidade de mudança os casos da operação `Influencer´ e das gémeas brasileiras, referindo-se a Diogo Lacerda e ao ex-secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales.
“Parece-me que nós temos `Lacerdas´ acima das nossas possibilidades. Não temos possibilidades para tantos”, disse Rui Rocha, considerando que se trata de “dois casos que resumem bem aquilo que não deveria acontecer” no país.
“São casos de informalidade, são casos de nepotismo, são casos de falta de responsabilidade e de explicação e de transparência. E, portanto, aqui temos, em dois casos, aquilo que é bem o exemplo, no que diz respeito à condução das instituições, do que não devia acontecer em Portugal”, frisou.
No jantar-comício em Setúbal, Rui Rocha acusou também os partidos do “bloco central”, PS e PSD, de terem inviabilizado a proposta apresentada hoje no parlamento pela IL, para a criação de um círculo eleitoral de compensação, de forma a evitar o desperdício de 700 mil votos dos portugueses, que, nas últimas eleições legislativas, não serviram para eleger nenhum deputado.
“Temos dois partidos que, ao longo de mais de 30 anos, reconhecendo o problema, nunca tiveram iniciativas que levassem à sua solução, e que terminam depois, já perto do fim da atual legislatura interrompida precocemente, a votar desfavoravelmente esta iniciativa da IL, do círculo de compensação”, disse acrescentando que PS e PSD estão sempre ausentes quando de se trata de resolver os problemas estruturais do país.
“É por isso que é necessário dar força à Iniciativa Liberal, porque é um partido, o único partido, que é capaz de desafiar os poderes instalados, de acreditar que é possível termos um país diferente, um país com prosperidade, um país com crescimento económico, um país que dê outras opções de vida aos portugueses e aos jovens de Portugal”, defendeu Rui Rocha.
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