Na atualização de hoje sobre a situação de toxinfeção alimentar “aparentemente associada ao consumo de broa”, o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) informa que foram identificados 82 casos com sintomatologia compatível, dos quais 25 recorreram a serviços de saúde".
Neste momento, todos os casos tiveram alta clínica, explica um comunicado.
Segundo a ARSC, a “grande maioria destes casos foi identificada retrospetivamente, correspondendo a situações em que os sintomas surgiram entre 25 e 31 de julho”.
A nota de imprensa enviada à Lusa acrescenta que, “até ao momento, a distribuição geográfica circunscreve-se maioritariamente a concelhos da área de abrangência do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral [Leiria, Marinha Grande, Batalha, Pombal e Porto de Mós] e a alguns concelhos limítrofes”.
A autoridade de saúde avisa que se mantém em curso a “investigação epidemiológica e a análise laboratorial de amostras clínicas e alimentares”.
Também prosseguem as “vistorias aos locais de confeção, distribuição e venda dos alimentos, sendo retirados do mercado os produtos sinalizados”, realça a nota de imprensa.
Os serviços de Saúde Pública locais e regionais do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, em colaboração com as unidades hospitalares, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge “continuam a acompanhar a situação, com divulgação pública dos elementos mais relevantes da investigação”.
Em comunicado enviado, no sábado à noite, à agência Lusa, o Departamento de Saúde Pública da ARSC explicou que os casos foram detetados em pessoas com idades compreendidas entre os 30 e os 77 anos.
A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que “compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”.
No âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes”.
Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.
Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e “foram identificadas sete famílias afetadas”.
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