Num jantar comício em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores, Catarina Martins afirmou que nas eleições legislativas de 06 de outubro “o debate” é entre “estar contra os patrões dos patrões, a combater os direitos de quem trabalha, numa maioria absoluta do Partido Socialista”, ou “puxar pelos salários, pela dignidade de quem constrói este país, de quem trabalha tanto, e dar força ao Bloco de Esquerda”.
A líder do BE exemplificou com as iniciativas apresentadas esta semana pela CIP - Confederação Empresarial de Portugal, que designou “os patrões dos patrões”, em que “dizem que as grandes empresas pagam muitos impostos” e que, “não só querem pagar menos, como querem que o trabalho tenha menos direitos”.
“[A CIP tem] António Saraiva como seu porta-voz máximo, esse mesmo que disse que o que era importante era uma maioria absoluta para o Partido Socialista”, referiu.
Catarina Martins afirmou ainda que “o investimento é a grande causa dos próximos quatro anos e é a única forma de ter contas certas”, destacando que “enquanto o investimento fica todo pendurado, em todo o território, 25 mil milhões de euros foram entregues ao sistema financeiro, 17 mil milhões nunca foram pagos”.
A líder nacional do BE destacou os números da precariedade na região, “onde 70% dos jovens trabalhadores são precários”.
Já António Lima, líder regional do BE, disse que o Bloco é “o partido mais disponível, mais preparado e mais capaz de defender os Açores na Assembleia da República”, frisando que “no programa nacional do Bloco de Esquerda constam duas páginas de propostas concretas para os Açores e para a autonomia”.
Criticando a ação socialista, tanto no Governo Regional, como no executivo nacional, António Lima, deputado no parlamento açoriano, apontou a situação do estabelecimento prisional de Ponta Delgada como um “atentado aos direitos humanos” e as declarações de António Costa, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, que propõe a transferência da gestão do subsídio social de mobilidade para as regiões autónomas, como um “ataque monumental à autonomia.
À direita, António Lima considerou que o CDS-PP e o PSD “nada têm a dizer sobre os Açores”.
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