"O que o presidente Biden disse? Disse que as negociações só são possíveis depois de Putin deixar a Ucrânia", referiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que Moscovo "certamente" não está pronta para aceitar essas condições.

"A operação militar especial continua", disse Peskov.

Durante uma visita de estado do presidente francês, Emmanuel Macron, Biden referiu, esta quinta-feira, que estaria disposto a falar com Putin se o líder russo realmente quiser encerrar os combates.

"Estou preparado para falar com o senhor Putin se, de facto, houver interesse em que ele decida que está à procura de uma maneira de acabar com a guerra", disse o líder dos EUA.

Peskov salientou esta sexta-feira que Putin está pronto para negociações para garantir que os interesses da Rússia sejam respeitados, mas acrescentou que a posição de Washington "complica" qualquer conversa possível.

"Os Estados Unidos não reconhecem novos territórios como parte da Federação Russa", disse Peskov, referindo-se às regiões ucranianas que o Kremlin afirma ter anexado.

Em setembro, Moscovo realizou os chamados referendos em quatro regiões da Ucrânia - Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijía -, confirmando que os cidadãos votaram a favor dos seus territórios se tornarem parte da Rússia.

As Nações Unidas condenaram a "tentativa de anexação ilegal" de terras ucranianas.

Peskov referiu que antes de enviar tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro, Putin propôs repetidamente manter conversações com a NATO, a OSCE e os Estados Unidos, mas essas tentativas mostraram -se "infrutíferas".