A verba destinada à realização deste evento, que será partilhado com a Câmara de Loures, foi divulgada esta manhã durante a apresentação do orçamento do município para 2023, de 1,3 mil milhões de euros e com uma despesa superior ao previsto para este ano (1,16 mil milhões de euros).
“Nós temos já refletido no universo da Câmara uma dotação de 21 milhões de euros e, neste orçamento, nós dotámos mais oito milhões de euros a somar a esses 21 milhões. Portanto, ficamos com uma dotação de 29 milhões de euros”, referiu o autarca, numa resposta a uma questão sobre a JMJLisboa2023.
Filipe Anacoreta Correia lembrou que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), tinha estimado gastos com a Jornada Mundial da Juventude até 35 milhões de euros, verba que o vice-presidente da autarquia acredita que “não será ultrapassada”.
“Neste momento, não temos razões para achar que vamos ultrapassar esse montante, mas será, naturalmente, tudo feito com toda a transparência”, ressalvou.
Ainda a esse propósito, o vice-presidente da Câmara de Lisboa adiantou que o município vai avançar com a concretização de um financiamento que poderá “ajudar a libertar algumas destas verbas que neste momento são financiadas a título de capitais próprios”.
“Se nós nos financiarmos poderemos libertar esses capitais próprios para outro tipo de investimento. Isso esperamos fazer no decurso do próprio ano. O orçamento tem prevista uma rubrica em dotação não definida, decorrente da concretização desse financiamento”, explicou.
A JMJ é o maior evento organizado pela Igreja Católica, tendo o anúncio da escolha de Lisboa para receber esta edição sido feito em 27 de janeiro de 2019, na Cidade do Panamá.
Inicialmente prevista para agosto de 2022, a pandemia de covid-19 determinou o adiamento da JMJ um ano.
Portugal será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo Papa João Paulo II (1920-2005).
O Papa Francisco é esperado em Portugal, no verão de 2023, para o encerramento da JMJ.
(Notícia corrigida às 13h53: foram inscritos 8 milhões de euros no orçamento e não 29 milhões)
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