O chefe do Executivo japonês considerou a decisão como um "movimento positivo", mas manifestou cautela, afirmando que "a única coisa importante (agora) é ver se esta ação levará a uma eliminação completa, verificável e irreversível das armas nucleares e mísseis" do país vizinho, de acordo com declarações divulgadas pela emissora pública NHK.
Abe adiantou que o seu Governo "estará atento" ao assunto e deixou claro que o Japão e os Estados Unidos coordenaram a sua atuação perante os vários cenários possíveis com a Coreia do Norte, durante a cimeira que teve com o Presidente norte-americano, Donald Trump, esta semana na Florida.
A cautela do primeiro-ministro japonês foi partilhada por outros membros do seu gabinete, como o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Taro Aso, que de Washington, onde está a participar numa reunião ministerial do G20, disse que ainda é cedo para saber se a Coreia do Norte irá abandonar as armas.
Taro Aso disse que em outras ocasiões foram feitas concessões económicas e de outra índole para que Pyongyang abandonasse o seu programa nuclear, "mas os testes continuaram", de acordo com a agência Kyodo.
Já o ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, qualificou a decisão da Coreia do Norte "insuficiente" e afirmou que "este não é o momento para relaxar a pressão sobre o país".
"Não podemos ficar satisfeitos", afirmou Itsunori Onodera aos jornalistas, adiantando que Pyongyang não fez qualquer referência "ao abandono dos mísseis balísticos de curto e médio alcance", pelo que Tóquio irá manter pressão sobre a Coreia do Norte.
A agência de notícias oficial da Coreia do Norte adiantou que a suspensão dos testes nucleares tem efeito a partir de hoje (já sábado, 21 de abril), na Coreia do Norte.
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