Os tanques israelitas “estão posicionados em Al Auda, no centro da cidade de Rafah”, disse Abdel Khatib, 40 anos, que afirmou ter ouvido “tiros e explosões”.

Uma fonte de segurança de Rafah também confirmou ter visto blindados de Israel no centro da cidade.

Moradores relataram a ocorrência de confrontos na rotatória entre tropas israelenses e milicianos do Hamas.

“As pessoas ainda estão em suas casas por enquanto porque qualquer um que se mexer é alvejado por drones de israel”, acrescentou. “Não sabemos para onde ir. Não há lugar seguro em Rafah”, lamenta.

Moradores relataram confrontos entre grupos armados israelitas e palestinianos no mesmo local.

Muhammad al-Shaer, de 36 anos, disse que sua casa no centro da cidade de Rafah foi atacada por tanques.

A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando milicianos islâmicos mataram mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Os combatentes também sequestraram 252 pessoas. Israel afirma que 121 continuam sequestrados em Gaza, dos quais 37 teriam morrido em cativeiro.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra Gaza, que até agora deixou 36.096 mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

Israel iniciou seu controverso ataque a Rafah no início deste mês, descartando preocupações sobre a segurança dos 1,4 milhão de civis palestinianos abrigados na cidade.

Desde então, cerca de um milhão de civis foram evacuados por ordem do Exército de Israel, informou a agência da ONU para os refugiados da Palestina (UNRWA) nesta terça-feira.

As forças israelitas também tomaram o lado palestino da passagem fronteiriça de Rafah, entre o Egito e Gaza.