O estudo internacional contou com a participação do Centro de Estudos Florestais (CEF) do ISA e a conclusão foi publicada na revista Biocontrol Science and Technology.

O fungo “metarhizium brunneum” é capaz de provocar “uma mortalidade significativa de ovos e larvas jovens de duas espécies de processionária do pinheiro”, revela o CEF em comunicado.

Durante a investigação, foram realizados testes para determinar “a suscetibilidade dos ovos e larvas jovens” daquelas duas espécies de lagarta a dois tipos do fungo, variando a mortalidade entre 96% e 99%.

De acordo com os investigadores, nem toda a mortalidade foi causada pelo fungo, uma vez que os ovos também sofrem mortalidade devido a outros fungos (saprófitas).

“Mesmo assim, as larvas que nasceram em laboratório a partir dos ovos tratados com o fungo em questão foram mortas por este”, lê-se no documento.

As larvas jovens de ambas as espécies demonstraram ser também “altamente suscetíveis” a duas estirpes daquele fungo, com uma taxa de mortalidade que variou entre 94% e 100%, oito dias após a inoculação, sendo que a grande maioria morreu nos primeiros dois - quatro dias.

Os especialistas dizem que o trabalho, em que participaram três investigadores do ISA, abre portas a novas formas de combate à lagarta do pinheiro.

A processionária, conhecida como “lagarta do pinheiro”, é um inseto que ataca pinheiros e cedros, provocando danos nas árvores e que ameaça a saúde pública quando ocorre perto de locais habitados ou frequentados por pessoas e animais domésticos.