A investigação permitiu desenvolver um "método mais sofisticado" de detetar alterações em proteínas, facilitando o diagnóstico.
Os investigadores explicam que o principal objetivo do trabalho foi "o desenvolvimento de uma metodologia mais simples, rentável e barata de detetar oxidações em proteínas, alterações que por vezes são irreversíveis e que permitem identificar potenciais biomarcadores da doença de Parkinson.
O grupo do CNC-UC demonstrou que, com este método, o oxSWATH (uma combinação de técnicas de espetrometria de massa e modificações específicas de aminoácidos), é possível avaliar de modo mais preciso a oxidação de cisteínas, um dos aminoácidos que compõem as proteínas, refere uma nota divulgada hoje pela Universidade de Coimbra.
"Procurávamos obter um método mais simples e barato para determinar os estados de oxidação das cisteínas e os níveis/quantidades dos vários estados. Os outros métodos existentes necessitam de reagentes mais dispendiosos, ou utilizam grandes quantidades de proteína, que poderá ser muito preciosa em estudos que envolvam amostras de doentes", descreve Sandra Anjo, investigadora principal do projeto.
O trabalho, realizado por Sandra Anjo e liderado por Bruno Manadas, mereceu publicação recente na revista científica Redox Biology.
O artigo "oxSWATH: An integrative method for a comprehensive redox-centered analysis combined with a generic differential proteomics screening" pode ser consultado na íntegra em: http://doi.org/10.1016/j.redox.2019.101130.
"Futuramente, pretendemos utilizar este método numa população alargada de indivíduos com doenças neurodegenerativas, procurando encontrar potenciais alvos que possam oferecer um maior apoio ao diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer", aponta Bruno Manadas.
O estudo foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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