Os números estão no Inquérito às Condições de Vida e Rendimento feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que contou 2,595 milhões de pessoas, entre as quais 487 mil com menos de 18 anos e 468 mil com mais de 65, em risco de pobreza e com outros problemas daí decorrentes.
Casas com falta de divisões habitáveis, sem casas de banho, apertadas e escuras são os problemas nas condições de vida que mais afetam famílias com crianças que se contam entre os que estão em risco de pobreza.
De 2015 para 2016, o rendimento médio disponível por família aumentou 79 euros, para 1.497 euros por mês, ou seja, 17.967 euros anuais. O valor de 2015 esteve ao nível de 2008.
No inquérito apresenta-se ainda que uma em cada pessoas (10 10,3 por cento) tem falta de espaço para viver, uma condição que afeta sobretudo as famílias com crianças dependentes (17,0%) e as que estão na pobreza (19,9%).
O inquérito assenta em entrevistas presenciais feitas em 2016 a 12.287 famílias, incluindo informação sobre 26.565 pessoas.
O INE calculou que o risco de pobreza aumentou para os idosos em 2015, situando-se nos 18,3%, mais 1,3 pontos percentuais que no ano anterior.
Para os menores de 18 anos, contudo, o risco diminuiu novamente, situando-se nos 22,4% face a 20% no ano anterior. O risco de pobreza é mais alto entre as famílias com crianças.
A taxa de risco de pobreza é calculada tendo em conta rendimentos abaixo do limiar de pobreza e indicadores de privação material, que indicam falta de bens ou de dinheiro.
[Notícia atualizada às 13h27]
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