"Nos dias de vento, incêndios e em outras situações, a perturbação que as faixas menos cuidadas podem ter na exploração e na qualidade de serviço é muito relevante e, por isso, investimos muito. Fazemos um investimento muito grande. Temos 26 mil quilómetros de linhas aéreas a atravessar florestas, não estamos a falar de troços muito pequenos", disse.
Instado a comentar a ideia de que os cabos elétricos provocam muitos incêndios, o responsável da EDP Distribuição explicou que a principal entidade interessada em que as faixas de proteção sejam constituídas é a própria empresa.
João Torres, que esteve hoje a visitar o centro operacional de Castelo Branco, adiantou que a EDP Distribuição tem empresas especializadas com quem possui um programa de empreitada contínua de limpeza dessas faixas, para a qual há responsabilidades dos proprietários, autarquias e dos planos municipais: "Não é um trabalho isolado e é um trabalho onde somos muito interessados".
Quanto ao resto, acrescentou que não passam de meras especulações.
"Julgo que são especulações. Nem o relatório da comissão técnica independente vai nesse sentido. Aliás, isso é fácil de ler e perceber numa leitura um pouco mais atenta (...). Foram 520 fogos e estou a falar de cor, que a rede elétrica se tornou de tal maneira viva que tenha gerado isso. Parando um pouco para pensar, acho que é uma questão que se descarta", sustentou.
O presidente do Concelho de Administração da EDP Distribuição sublinhou que defendem a preservação das faixas e o seu cuidado.
"Tudo o que sejam soluções que levem a isso, contem com a EDP na mesa. Ao serem definidas faixas de proteção para lá dos 15 metros que estão definidos, isso vai ter impacto nos proprietários próximos. Como em tudo é preciso ter decisões de forma ponderada para termos soluções que não prejudiquem ninguém", concluiu.
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