Em toda a Grécia, 40 fogos florestais deflagraram desde a madrugada, anunciaram os serviços de combate a incêndios.
O porta-voz dos bombeiros, Vasilis Vathrakogiannis, disse aos jornalistas que estão a ser enviados reforços de várias outras partes da Grécia para ajudar a controlar o incêndio em torno da capital.
“De um modo geral, as condições prevalecentes são difíceis e perigosas”, sublinhou.
Além da velocidade do vento, que por vezes ultrapassou os 100 quilómetros por hora (km/h), a densidade de postes de linhas elétricas de alta tensão também dificultou a intervenção dos aviões de combate a incêndios, que eram apenas quatro.
Doze helicópteros estão atualmente a trabalhar, acrescentou Vathrakogiannis.
O porta-voz elogiou igualmente a contribuição dos numerosos bombeiros voluntários presentes no local, bem como os camiões-cisterna fornecidos pela região da Ática – onde se situa Atenas – e pelo Estado-Maior do Exército.
De momento, os ventos não parecem soprar na direção das zonas residenciais, espalhando as chamas para uma zona do Monte Parnitha que já foi queimada em incêndios anteriores. O incêndio de hoje começou na zona florestal de Katsimidi.
No entanto, as fortes rajadas de vento fizeram com que o fumo se dirigisse para o centro da capital grega, onde se podia detetar um cheiro a madeira queimada.
“Já não há uma frente ativa” em Katsimidi “mas a batalha ainda não terminou, mesmo que a situação tenha melhorado”, garantiu o ministro da Crise Climática e da Proteção Civil, Vasilis Kikilias, ao fim da tarde.
De acordo com as previsões para domingo, existe um risco muito elevado de incêndio (categoria 4) na região da Ática, no sul da península do Peloponeso, na ilha de Creta, nas partes norte e sul do Mar Egeu e na Grécia central.
Habituada ao calor abrasador do verão, a Grécia prepara-se há semanas para uma época de incêndios particularmente difícil.
Após o inverno mais quente da sua história, o país registou a sua primeira vaga de calor na semana passada, com o mercúrio a ultrapassar os 44°C em algumas regiões.
Em 2023, uma vaga de calor de duas semanas foi seguida de incêndios florestais devastadores que mataram 20 pessoas.
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