“A perspetiva da iniciativa liberal é muito clara: o primeiro passo para construirmos um país diferente, para haver mais dinheiro no bolso dos portugueses, é baixar os impostos, nomeadamente o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), de forma significativa, para que as pessoas não vivam com tanta dificuldade o fim do mês”, disse Rui Rocha.
O líder da IL, que falava aos jornalistas durante uma visita ao mercado do Livramento, em Setúbal, defendeu também a abolição do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de bens imóveis (IMT) e a redução do imposto sobre as rendas, bem como a redução do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e a eliminação da derrama estadual para as empresas.
“Sabemos que há uma crise na habitação e, portanto, quando há uma crise de habitação e os preços estão tão altos, ter impostos como o IMT, que penalizam as pessoas que compram habitação, é indesejável. Nós propomos a abolição do IMT. Propomos também uma redução significativa do imposto que resulta das rendas, porque queremos que mais proprietários ponham os seus imóveis no mercado, para que quem procura uma solução no arrendamento encontre mais casas para arrendar”, justificou.
“E temos também uma ideia muito virada para as empresas. O sinal que se dá hoje em Portugal às empresas é de que não devem crescer, porque o IRC é um imposto é progressivo. E nós temos uma proposta clara: queremos um IRC baixo, único, e queremos eliminar a derrama estadual, para termos mais empresas a crescer, para que mais empresas se possam fixar em Portugal, para que haja competição pelos trabalhadores e, portanto, para que os salários subam, porque os salários não sobem por decreto. Sobem numa economia que funciona”, acrescentou.
Durante a visita ao mercado do Livramento, Rui Rocha lembrou que já tinha estado há alguns meses naquele que é reconhecido como um dos melhores mercados do mundo, e que hoje ficou com a “sensação de que as coisas pioraram desde então”.
“Isso diz-nos que nós não temos mais tempo a perder. Temos de mudar o país. Primeiro mudar o Governo, mas mudar o Governo no sentido de mudar o país. As mesmas soluções, ou soluções semelhantes [às do passado], não são soluções que estejam em condições de resolver os problemas. Temos mesmo de mudar o país”, frisou.
Rui Rocha, que já vai sendo conhecido de alguns vendedores do mercado do Livramento, tentou apurar a técnica para abrir as ostras de Setúbal, mas reconheceu que, para já, lhe parece “mais fácil conquistar eleitores para Iniciativa Liberal”.
*Notícia corrigida às 14h48 de quarta-feira, para corrigir um erro da Lusa no título original "IL aposta na redução de impostos e recusa aumento geral de salários" e primeiro parágrafo
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