
O anúncio de 29 segundos começa com uma mãe a dizer à filha: "não me chames mãe até trazeres um namorado para casa".
A filha surge de semblante triste até que o seu namorado bate à porta, trazendo-lhe flores.
O ambiente muda então e, subitamente, o cenário surge repleto de móveis do Ikea, com um jantar de boas vindas ao namorado, que faz a família e vizinhos rejubilar.
O anúncio, difundido através da plataforma Sina Weibo - equivalente chinês ao Twitter - teve em poucas horas mais de 21 milhões de visitas, e levou a comentários de indignação, apontando-o como "totalmente inapropriado", por alimentar o estigma contra mulheres solteiras.
A empresa retirou, entretanto, o anúncio e publicou um comunicado no Weibo em que pede "sinceras" desculpas por dar "uma perceção errada".
Segundo o jornal chinês Global Times, o Ikea pediu já a todas as plataformas que difundiram o anúncio que o retirem.
A pressão social em torno do casamento continua a ser grande na China, onde a rápida modernização não abalou alguns costumes tradicionais.
Segundo dados do Ministério chinês dos Assuntos Civis, os solteiros do país passaram de 6% da população, desde 1990, para 15%, em 2016 - equivalente a 200 milhões de pessoas.
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