O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil "estão em situação de risco", tendo decretado o estado de emergência nacional.
Trinta portugueses estão por localizar naquela região, depois da destruição provocada pelo ciclone, avançou o governante, na quarta-feira, à chegada a Maputo e antes de viajar para a cidade da Beira.
"Há ainda portugueses que não estão localizados: temos na embaixada 30 pedidos de localização", referiu o governante, em Maputo, após um encontro com a embaixadora de Portugal, Maria Amélia Paiva.
De Lisboa, partiu hoje de madrugada uma força de reação rápida portuguesa, constituída por 35 militares, uma equipa cinotécnica e médicos, no primeiro de dois aviões C-130 já mobilizados para apoiar as operações no terreno.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da "pior crise" do género no país.
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