“A ampliação da central nuclear de Paks corresponde aos nossos interesses estratégicos e de segurança nacional. Até agora, conseguimos evitar que Bruxelas imponha sanções ao nosso desenvolvimento nuclear e também o faremos no futuro”, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, num comunicado.
Szijjártó reiterou que a guerra na Ucrânia e “o fracasso da política de sanções de Bruxelas [contra a Rússia] causaram uma crise energética” a longo prazo.
Segundo o ministro húngaro, os países que, como a Hungria, não têm muitos recursos energéticos, podem usar a energia nuclear para minimizar as mudanças “insensatas” do mercado energético internacional.
O Governo húngaro, o aliado mais próximo da Rússia dentro da União Europeia (UE), assinou em 2014 um acordo com a empresa russa Rosatom para expandir a Paks, a sua única central nuclear, com um empréstimo russo de 12.500 milhões de euros.
Szijjártó, que participa na cimeira dos Estados Túrquicos, que decorre no Cazaquistão, anunciou que hoje se reuniu com o diretor-geral da Rosatom, Alexei Likhachev, com quem debateu a ampliação da Paks, que poderá estar concluída em finais desta década.
A Comissão Europeia está a preparar um novo pacote de sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano.
A Hungria, muito dependente das fontes de energia russas, opõe-se a qualquer sanção relacionada com esta área.
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