No dia 22 de junho de 2018, ambos se encontraram e se deslocaram no automóvel da vítima até à Caixa de Crédito Agrícola da Freiria, no concelho de Torres Vedras, onde levantaram o Rendimento Social de Inserção, pensão de que dependia economicamente o alegado agressor, um homem de 54 anos, sem ocupação profissional, consumidor de estupefacientes e portador do vírus da SIDA, refere a acusação do Ministério Público.
Ao regressarem à casa do agressor, mantiveram relações sexuais e depois, enquanto a vítima se vestia, o arguido embebeu de éter uma camisola, deslocou-se pela sua retaguarda e colocou-a sobre as vias respiratórias daquele, pressionando, para deixar o parceiro inconsciente “com o intuito de se apropriar do veículo”do outro para poder deslocar-se sozinho.
Como a vítima ofereceu resistência e ambos acabaram por cair no sofá, o agressor “colocou as mãos no pescoço do ofendido até aquele deixar de se mexer” e retirou os atacadores dos sapatos da vítima para lhe amarrar os pulsos e os tornozelos.
Depois, agarrou nos seus pertences, no saco-cama, na tenda de campismo, no dinheiro existente na carteira do namorado e nas suas chaves do automóvel e abandonou a habitação.
A vítima, de 67 anos, com quem mantinha uma relação amorosa desde 2016, veio a morrer, “em consequência da sufocação, através da oclusão das vias aéreas respiratórias e boca e constrição do pescoço”.
O corpo permaneceu na habitação, onde, no dia seguinte, foi avistado por um vizinho que, ao final desse dia, alertou a GNR.
A GNR de Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira, distrito de Beja, veio a localizar aí o agressor, assim como a viatura por ele abandonada.
O arguido, que aguarda julgamento em prisão preventiva, está acusado de um crime de homicídio qualificado e um crime de roubo.
O julgamento vai realizar-se em data a agendar no Tribunal da Comarca de Lisboa Norte.
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