Pelo menos três pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas nos tiroteios de hoje de manhã em Utrecht, afirmou o presidente da Câmara de Utrecht, Jan van Zanen, acrescentando que as autoridades não descartam hipótese de “ataque terrorista”.
Esta informação não foi oficialmente confirmada pela polícia, que indicou que o incidente é um ato “potencialmente terrorista” e está a investigar as mortes. Depois de inicialmente serem confirmados nove feridos pelas autoridades locais, a polícia de Utrecht veio esclarecer que há cinco feridos e não nove.
As autoridades informaram ao início desta tarde, em conferência de imprensa, que já foi detido Gokmen Tanis, de 37 anos, nascido na Turquia, o principal suspeito de estar ligado aos tiroteios. Na sua conta oficial do Twitter, a polícia local confirmou a detenção: "A polícia deteve um homem pelo seu envolvimento no tiroteio em Utrecht".
O pai do suspeito agora detido disse à agência de notícias turca DHA que, se o filho cometeu o crime, “deve ser punido”, referindo que já não tem contacto com ele há mais de 11 anos.
De acordo com a imprensa local de Utrecht, Tanis tem cadastro, tendo sido levado por várias vezes a tribunal, na Holanda, por pequenos furtos e por uma acusação de violação.
O tiroteio verificou-se hoje, pelas 10:45 (hora local, 09:45 em Portugal Continental) num elétrico que percorria o bairro de Kanaleneiland, no centro de Utrecht.
Uma agência noticiosa turca, citada pela Reuters, adianta que fontes ligadas à família do suspeito dizem que Tanis terá disparado sobre um familiar e pessoas que o tentaram auxiliar. Os motivos serão familiares, afirma a mesma fonte.
Segundo a agência de notícias EFE, testemunhos colhidos pelas autoridades indicaram que um homem sacou de uma arma e começou a disparar de forma aleatória contra as pessoas e posteriormente colocou-se em fuga.
Alguns testemunhos referiram que há mais de uma pessoa envolvida no tiroteio, mas a polícia só confirmou um atacante.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, já condenou os tiroteios e disse que as autoridades policiais estão a inclinar-se para a possibilidade de se tratar de um “ataque terrorista”.
Uma unidade anti-terrorista está ainda a investigar um Renault Clio de cor vermelha, encontrado abandonado num bairro residencial de Utrecht, que pode ter servido para transportar o autor ou autores dos tiroteios, segundo informações de jornais locais.
As autoridades anunciaram, entretanto, que passaram o nível de ameaça para o grau cinco, o mais elevado, na província de Utrecht, que durará pelo menos até às 18:00 de hoje.
[Notícia atualizada às 17h50 - A polícia anunciou a detenção do principal suspeito]
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