"Concordámos com o seu pedido e tomámos uma decisão. Nos próximos meses, forneceremos à Bielorrússia sistemas de mísseis táticos Ikander-M, que podem ser usados como mísseis balísticos ou de cruzeiro, com cargas nucleares e convencionais", disse o líder do Kremlin, citado pela agência Interfax.
O míssil Iskander-M tem autonomia até 500 quilómetros.
Lukashenko expressou sua preocupação a Putin sobre voos de treino de aeronaves dos Estados Unidos e da NATO, capazes de transportar armas nucleares.
"Eles ensaiam o transporte de armas nucleares. Por favor, ajude-nos a adaptar os nossos aviões", disse o Presidente bielorrusso a Putin.
A este pedido, o chefe do Kremlin respondeu com a oferta de modernizar, na Rússia, os aviões de assalto Su-25 que a Força Aérea da Bielorrússia possui.
"Concordo totalmente que tem de se preocupar com a nossa segurança, a segurança da União Estatal (Rússia-Bielorrússia) e talvez de outros países da Organização do Tratado de Segurança Coletiva", disse Putin, referindo-se à aliança que, além da Rússia e da Bielorrússia, inclui a Arménia, o Cazaquistão, o Quirguistão e o Tajiquistão.
As conversações entre os dois países ocorreram no âmbito de uma visita de três dias de Lukashenko à Rússia, na qual os encontros com Putin nos dois primeiros dias foram informais e fechados à imprensa.
De acordo com o Governo ucraniano, o Kremlin quer que a Bielorrússia se junte às suas Forças Armadas na campanha militar que está a levar a cabo na Ucrânia.
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