A GLSMed Trade, controlada pela Fosun e pela seguradora Fidelidade – que tem como acionistas os chineses da Fosun –, foi a empresa que mais vendeu ao Estado português para combate à pandemia.
De acordo com notícia do Público, a principal cliente da GLSMed Trade foi a Direção-Geral da Saúde (DGS), que terá gasto 32,7 milhões de euros em compras à empresa de distribuição de produtos, equipamentos e dispositivos médicos do grupo Luz Saúde.
Segundo a análise realizada pelo diário a 15437 contratos públicos relacionados com a pandemia entre fevereiro e outubro, um único contrato, formalizado com a DGS a 1 de abril, permitiu à empresa GLSMed Trade arrecadar 13,8 milhões de euros.
Com 24 contratos, identificados pelo Público, a empresa vendeu 19,7 milhões de euros em equipamentos de proteção individual e 18,3 milhões de euros em testes. Segundo o jornal, testes esses que são produzidos pela farmacêutica chinesa Fosun Pharma.
Assim, além da DGS, outros dos contraentes foram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (2,7 milhões de euros), o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e a Câmara de Lisboa (com cerca de 659 mil euros cada). Contas feitas pela publicação, apontam que a empresa terá tido um total de 38,3 milhões de euros em faturação relacionada com a pandemia.
Apesar das quebras de 70 a 80% da atividade do Grupo Luz Saúde em abril, devido à desmarcação de atos médicos não-urgentes, a covid-19 permitiu um aumento dos negócios relacionados com a distribuição de produtos e equipamentos. O grupo Luz Saúde afirma que está a fornecer, além das instituições do Serviço Nacional de Saúde, outras instituições públicas e privadas, incluindo todo o grupo Luz Saúde.
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