Face aos incêndios florestais na Grécia e Japão e às ondas de calor do Japão, que mataram dezenas de pessoas, a Greenpeace considera, em comunicado, que a mudança climática é um “fator claro quando as temperaturas “ainda estão a menos de um grau de aquecimento desde os níveis pré-industriais”.
Os fogos no leste da Rússia e no Quebeq e Ontário, no Canadá, tornam este fenómeno “verdadeiramente global”.
“A perspetiva do que poderíamos experienciar se a temperatura subisse além dos 1,5 ou 2 graus estabelecidos no acordo climático de Paris não são levados em consideração. Precisamos urgentemente controlar as alterações climáticas se vidas como as que estão a ser tragicamente perdidas forem salvas, e até mesmo para prevenir futuros eventos climáticos extremos”, disse em comunicado Bunny Mcdiarmid, diretor executivo do Greenpeace Internacional.
Para o diretor da Greenpeace, "embora existam muitos fatores complexos em jogo com eventos climáticos extremos", o que está a acontecer é "consistente com as previsões de um mundo alterado pelo clima”.
A onda de calor no Japão fez pelo menos 80 mortos e levou 35 mil pessoas a receber tratamento hospitalar em três semanas.
Na passada semana, quando as temperaturas ultrapassaram os 35 graus, registaram-se 65 mortos, de acordo com a agência de gestão de incêndios e desastres. Quinze mortes tinham já sido declaradas nas duas semanas anteriores.
Na Grécia os incêndios causaram, pelo menos, 79 mortos, e os fogos que lavraram na região de Atenas causaram quase duas centenas de feridos, alguns em estado crítico.
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