“As medidas contra a propagação do vírus covid-19 são estendidas aos residentes dos centros de receção e identificação no país” até 21 de junho, anunciou o jornal oficial.
O Governo tinha imposto a 21 de março o confinamento nos campos de migrantes instalados nas ilhas do Mar Egeu e na parte continental do país.
Em 23 de março, o executivo decidiu impor o confinamento ao resto da população, decisão que se manteve até dia 04 de maio.
O confinamento nos campos de migrantes já foi prolongado por duas vezes. Primeiro a 10 de maio e depois a 21 de maio até 07 de junho.
Com 180 mortes pelo coronavírus e 2.980 casos, a Grécia foi o país menos afetado pela pandemia entre os parceiros europeus.
Entre os migrantes não foi registada qualquer morte pela covid-19 e foram registadas apenas algumas dezenas de casos, segundo as autoridades.
Mais de 33 mil pessoas que pediram asilo vivem em cinco campos de migrantes nas ilhas do Mar Egeu, com capacidade para 5.400 pessoas, e cerca de 70 mil pessoas vivem noutras instalações no continente.
O anúncio do prolongamento do confinamento dos campos de migrantes acontece após o lançamento de uma campanha promocional do país para atrair os turistas.
“Estamos a abrir as portas e janelas da Grécia, gradualmente, mas com otimismo”, garantiu o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis na quinta-feira, apresentando um espaço publicitário destinado a atrair turistas de todo o mundo.
A partir do dia 15 de junho, os dois principais aeroportos de Atenas e Salónica estão autorizados a receber visitantes de cerca de 30 países, principalmente da União Europeia.
Os aeroportos regionais estão programados para abrir a partir de 01 de julho.
A Grécia, cuja economia depende do turismo em 20% do Produto Interno Bruto (PIB), necessita desesperadamente de atrair turistas do mundo inteiro este ano.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 397 mil mortos e infetou mais de 6,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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