“A Área Metropolitana do Porto [AMP] pediu ao Governo, na sequência do desafio lançado por este para ser a AMP a decidir sobre as linhas de expansão, que a Metro do Porto, que já tem estudos de procura com datas e metodologias diferentes, fizesse um estudo de procura para todas as potenciais linhas que poderão vir a ser potencialmente construídas”, referiu, à margem da inauguração do parque fotovoltaico da Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, em Gondomar, distrito do Porto.
Matos Fernandes disse ter acedido ao pedido da AMP, acrescentando que quem tem de se coordenar com as diferentes autarquias que a compõem é a AMP.
A resposta surge depois de o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, ter afirmado desconhecer o protocolo de expansão da rede do metro do Porto.
Já depois, o presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, desmentiu-o, afirmando ter enviado o documento a todos os municípios envolvidos.
Em declarações à Lusa, Sérgio Humberto assegurou desconhecer o conteúdo do protocolo de consolidação da expansão da rede, que vai ser assinado no dia 21, criticando o Governo e Eduardo Vítor Rodrigues.
“Vou estar presente, mas reajo com surpresa, porque isto nunca foi discutido na AMP, nem houve um acordo prévio que tenha envolvido todas as autarquias”, disse Sérgio Humberto, que admitiu a existência de “conversas e articulação com dois ou três presidentes de câmara” promovidas pelo “líder do Conselho Metropolitano”.
Reagindo às declarações de Sérgio Humberto, Eduardo Vítor Rodrigues fez chegar à Lusa a cópia do e-mail que, enquanto presidente da AMP, enviou aos autarcas envolvidos.
Na missiva, informa que, na sequência do “repto lançado pelo ministro” do Ambiente, os oficiou “sobre a utilização dos 860 milhões de euros do Plano Nacional de Investimento para a expansão da rede do Metro, nos termos da carta anexa”.
“Desses 860 milhões, 620 milhões destinam-se ao pagamento de novas linhas da Metro do Porto e 240 milhões destinam-se a soluções BTR/Metro-Bus”, refere o e-mail, indicando que “Vila Nova de Gaia é o único município que tem concursos públicos em curso para metro-bus, com orçamento exclusivamente municipal”.
“Mas todos os demais foram por mim convidados a estudar e propor soluções destas”, acrescentou.
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