"O ano de 2018 será o ano charneira na projeção dos Açores no mundo e na Europa em particular, porque, desde logo, na União Europeia vão estar em causa as negociações para o quadro financeiro a partir de 2020", afirmou Rui Bettencourt.
O governante, que foi hoje ouvido pelos deputados da Comissão de Política Geral do parlamento dos Açores, na Horta, ilha do Faial, no âmbito das propostas de Plano e Orçamento regionais para 2018, apelou ao consenso na sociedade açoriana, para que se possa definir a posição da região em relação ao futuro da Europa.
Rui Bettencourt adiantou que os Açores vão passar a ter uma nova abordagem nas relações com a União Europeia, na medida em que as ilhas dão uma maior "dimensão marítima à Europa".
"Diz-se que com o ‘Brexit’ haverá menos dotação comunitária, mas a verdade é que nós temos algumas potencialidades", referiu o secretário regional adjunto, notando que, apesar das "fragilidades que se mantêm", os Açores trazem "algo à Europa" e que, por isso, não devem ser penalizados em matéria de distribuição de fundos comunitários.
A este propósito, o responsável referiu que só "os Açores representam 18% do mar europeu".
Rui Bettencourt anunciou ainda que o Governo Regional vai criar algumas bolsas para que jovens açorianos possam estagiar em Bruxelas, junto do Gabinete de Representação dos Açores, possibilitando uma melhor prática nas questões europeias.
O Orçamento da região para o próximo ano ascende a 1.292 milhões de euros, dos quais 503 milhões estão inscritos no Plano de Investimentos (753 milhões, incluindo os fundos comunitários).
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