Interrogado pela comunicação social, em Lisboa, sobre a candidatura hoje anunciada por Luís Montenegro à liderança do maior partido da oposição, até agora a única, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "para já, nada" tinha a dizer sobre o assunto.
"Não há que fazer comentários sobre a vida partidária. Os partidos vão escolhendo os seus líderes, esse processo é um processo longo ainda, vai durar uns meses. Vamos esperar", afirmou o chefe de Estado, acrescentando: "Mas sobre isso eu também direi uma palavra amanhã [quarta-feira]".
Questionado se o novo quadro político, com maioria absoluta do PS no parlamento, exige um Presidente da República mais fiscalizador, prometeu também abordar essa questão na cerimónia de posse do novo Governo: "Vamos ver. Eu sobre isso falarei amanhã [quarta-feira]".
Sobre a necessidade de uma oposição forte, um tema que abordou em várias ocasiões desde que assumiu a chefia do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje que "isso aí depende dos próprios" e que "a função do Presidente não é ser líder da oposição".
"A oposição tem de fazer oposição da maneira como entender que deve fazer. As várias oposições, que agora naturalmente há várias oposições, terão de escolher isso", prosseguiu, considerando que há "tempo para falar disso".
O Presidente da República prestava declarações aos jornalistas no fim de uma visita com a sua homóloga grega, Katerina Sakellaropoulou, à Fundação Champalimaud, instituição que tem sido incluída no programa de visitas de autoridades estrangeiras a Portugal.
A cerimónia de posse do XXIII Governo Constitucional, chefiado por António Costa, está marcada para as 17:00 de quarta-feira, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
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