“A história das relações exteriores dos Estados Unidos mostra que este país impôs a maioria das sanções contra o maior número de países”, disse Zarif numa reunião com embaixadores e diplomatas iranianos.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu em maio passado retirar unilateralmente os Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 e voltar a impor sanções a Teerão, que entrarão em vigor nos meses de agosto e novembro.
“Os americanos são viciados em sanções, e o vício impediu-os, mesmo durante o mandato do [ex-Presidente Barack] Obama, de cumprir as suas obrigações", referiu Zarif, citado pela agência oficial iraniana, IRNA.
Antes da chegada de Trump à presidência da Casa Branca, em janeiro de 2017, as autoridades iranianas criticavam as sanções dos Estados Unidos pois alegavam que dificultavam o desenvolvimento da economia iraniana, sobretudo por causa dos obstáculos criados ao nível das relações bancárias.
O acordo nuclear de 2015, assinado entre o Irão e o chamado Grupo 5 + 1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha), condiciona o programa atómico de Teerão em troca do levantamento das sanções internacionais.
O Irão está atualmente a negociar o pacto com o resto dos signatários para garantir que os ganhos resultantes do acordo sejam mantidos apesar da saída dos Estados Unidos, uma vez que as sanções norte-americanas são extraterritoriais e afetam também as empresas e bancos de países de terceiro mundo.
Ainda, sobre esta matéria, o chefe da diplomacia iraniana advertiu para o facto de a Europa “dever decidir se continua a defender os seus próprios interesses ou se prossegue com os interesses dos Estados Unidos e do presidente Donald Trump”.
Zarif advertiu para o fato de os Estados Unidos estarem atualmente "isolados" e disse que o país precisa usar "pressão política" para impedir que outros países façam negócios com o Irão.
O presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu em maio passado retirar unilateralmente os Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 e voltar a impor sanções a Teerão, que entrarão em vigor em agosto e novembro próximos.
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