A medida foi adoptada no final do domingo, após a execução a tiro de um cantor local, Paul Flores, por homens que atacaram o autocarro em que Flores viajava com membros da sua banda, quando saíam de um concerto nos arredores de Lima.

Os músicos foram ameaçados por um grupo de crime organizado que lhes queria extorquir dinheiro, alegaram os representantes da banda.

“Foi ordenado que o estado de emergência seja declarado nas próximas horas em toda a província de Lima e na província constitucional de Callao”, disse o primeiro-ministro peruano.

Num mensagem publicada na rede social X, Gustavo Adrianzén disse que serão mobilizadas tropas “em apoio da Polícia Nacional”, embora não tenha especificado quantos soldados nem durante quanto tempo.

Adrianzén indicou que tomou a medida após uma reunião com a Presidente Dina Boluarte, que decidiu antecipar em dez dias, para terça-feira, uma reunião do Conselho Nacional de Segurança dos Cidadãos.

O primeiro-ministro afirmou que as autoridades peruanas estão também a planear “uma reforma abrangente do sistema prisional”.

Adrianzén transmitiu as “mais profundas condolências” aos familiares de Paul Flores, antes de apelar à união entre os peruanos.

“Na luta contra o crime organizado, todos os peruanos devem manter-se unidos, ultrapassando todas as nossas diferenças de qualquer tipo”, argumentou.

Embora a extorsão seja um problema em toda a América Latina, atingiu proporções alarmantes no Peru, fenómeno atribuído em parte a grupos criminosos como o venezuelano Tren de Aragua, que opera em vários países da América Latina.

Desde janeiro, foram reportados mais de 400 assassínios, de acordo com os meios de comunicação locais.

Em 2024, o Peru declarou o estado de emergência em partes da capital e mobilizou o exército em resposta a uma série de assassínios de motoristas de autocarros, atribuídos também a tentativas de extorsão.