“Preocupa-me o uso indevido que cada vez mais as pessoas fazem das tecnologias de informação. Particularmente a Internet é uma infraestrutura para humanidade e temos que saber usar e não usar para muitos fins inconfessos que temos estado a verificar”, disse hoje o governante.
Falando aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação – Angotic 2018, que decorre em Luanda até quinta-feira, o ministro apontou a necessidade de reforçar a educação para o uso das ferramentas tecnológicas.
“Temos estado a trabalhar primeiro na educação das pessoas, para o uso das novas tecnologias. Para o respeito do próximo. Temos estado a trabalhar igualmente na produção de legislação que cada vez mais possam proteger as pessoas”, adiantou.
O Fórum Internacional de Tecnologias de Informação – Angotic 2018 é organizado pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e foi aberto hoje pelo Presidente angolano, João Lourenço, que exortou para a necessidade do “uso responsável” das novas tecnologias de informação.
De acordo com José Carvalho da Rocha, o setor que dirige desenvolve um conjunto de ações, nomeadamente a produção de leis, no intuito de “permitir com que as pessoas usem cada vez mais de forma segura as redes sociais e uma educação permanente e constante”.
É o caso, referiu, da Lei da Proteção de Dados e da Lei de Proteção das Redes e Sistemas, acrescentando que está igualmente a ser preparada a nomeação dos “órgãos gestores da Agência de Proteção de Dados” e que o próprio Código Penal vai “regular igualmente o mau uso” das novas tecnologias.
Questionado pela Lusa sobre a realidade do país em relação aos crimes cibernéticos, o governante sustentou que têm sido criadas infraestruturas “no sentido de tornar a rede cada vez mais segura”.
A preocupação sobre o uso impróprio das tecnologias de informação no país, sobretudo a Internet e, através desta, as redes sociais, foi ainda manifestada pelo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, exortando à “ponderação” dos utilizadores.
“Agora se não sabermos usar, logicamente que vamos ter uma componente extremamente destorcida com relação a tudo que pretendemos. É preciso sabermos usar as ferramentas que temos para não ferir sensibilidades”, adiantou.
A visão e estratégia das tecnologias de informação e comunicação na modernização e desburocratização do serviço público, potencial das redes sociais, riscos e estratégias de mitigação são alguns dos temas em abordagem neste fórum.
Uma exposição global de tecnologia de informação e da comunicação, para a partilha de conhecimentos e um centro de ‘networking’ para entidades governamentais e provedores de serviços móveis está igualmente a funcionar no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, no âmbito da Angotic 2018.
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