A FNE junta-se assim à paralisação já anunciada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) e pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) para exigir a reposição de carreiras especiais para os funcionários das escolas, bem como o descongelamento das progressões e níveis remuneratórios.
Os sindicatos reclamam também mais funcionários para as escolas, criticando a colocação de tarefeiros pagos à hora por um valor “ridículo”.
A greve visa “alertar o governo contra a precariedade, a falta de valorização destes trabalhadores”, disse em conferência de imprensa realizada em Lisboa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
Os trabalhadores pretendem, assim, dizer ao governo que “não aceitam a ausência de respostas” relativamente às propostas que os sindicatos apresentaram.
A FNE enviou uma queixa ao Provedor de Justiça e lançou hoje uma petição, que está disponível em papel e na sua página eletrónica, no sentido de levar a Assembleia da República a aprovar recomendações ao governo para a valorização do trabalho desempenhado por estes profissionais e o restabelecimento das carreiras especiais.
Durante a conferência de imprensa, o dirigente da FNE explicou que os funcionários das escolas foram integrados nas carreiras gerais da Administração Pública por legislação de 2012.
“O trabalho desenvolvido por estes trabalhadores exige formação específica. Este esforço não deve ser desbaratado”, afirmou João Dias da Silva.
A FESAP anunciou na quarta-feira a intenção de emitir um pré-aviso de greve para pressionar o governo a resolver as situações de precariedade e a descongelar as carreiras dos trabalhadores não docentes.
No início do mês, a FNSTFPS anunciou a greve nas escolas e jardins-de-infância, em protesto contra a precariedade laboral e para exigir respeito pelos direitos dos trabalhadores.
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