“Expulsámos 16 pessoas suspeitas de radicalização” no último mês, indicou o governante em declarações à emissora BFMTV.
“Pedi aos prefeitos que fossem colocados nos CRA (centros de retenção administrativa) todos os estrangeiros em situação irregular suspeitos de radicalização”, disse ainda Darmanin, precisando que aqueles serão “uma centena”.
Interrogado a propósito do ataque na basílica da cidade de Nice (sudeste) na quinta-feira, que causou três mortos e cujo alegado autor é um tunisino de 21 anos, que tinha chegado pouco antes a França, o ministro anunciou que se deslocará à Tunísia e à Argélia no “fim de semana”.
O objetivo da deslocação é abordar a questão da luta contra o terrorismo e o envio de estrangeiros “radicalizados”.
“Discutir com os meus homólogos do Ministério do Interior e com os serviços de informações, para ter mais informação”, adiantou o ministro francês.
Darmanin evocou igualmente uma deslocação à Rússia “nos próximos dias” para discutir as mesmas questões.
Duas semanas antes do atentado em Nice, um professor francês, Samuel Paty, foi degolado nos arredores de Paris por um jovem russo-checheno por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.
O ministro do Interior frisou, no entanto, que “o terrorismo nada tem a ver com a nacionalidade ou com a cor da pele”, mas com fundamentalismo islâmico, assinalando que a maioria dos terroristas tem nacionalidade francesa e que há perfis diferentes entre os estrangeiros.
A França elevou para o máximo o nível de alerta terrorista após o atentado de Nice, o que se traduz num aumento de 3.000 a 7.000 militares a patrulharem as ruas ou guardarem locais estratégicos em todo o país.
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