Depois de assistir a uma missa na Igreja de São Roque, em Lisboa, ao lado de mais de uma centena de pessoas, o treinador da ‘equipa das quinas’ subscreveu a mensagem do Papa Francisco na criação deste Dia Mundial dos Pobres e aliou-se a uma iniciativa que visa não só ajudar os mais desfavorecidos, como as vítimas dos incêndios de junho e outubro.
"A pobreza não é só a falta de meios económicos. A pobreza vem por muitos caminhos, não tem só esse. Acho que o que Senhor nos pede todos os dias é isso: saber ouvir o outro, compreender e saber partilhar. Devemos estar sempre disponíveis para os outros. É esse o convite que o Papa nos faz", declarou o técnico aos jornalistas.
Sem querer abordar a atualidade do futebol português e da seleção, Fernando Santos valorizou o papel do futebol neste campo e explicou que "basta olhar para os outros" para adotar uma postura ativa a nível social no combate às desigualdades.
"O futebol é igual a tudo na vida e sendo algo tão mediático tem sempre uma mensagem importante", observou, acrescentando: "Tenho a convicção de que é essa a minha missão e a missão de todos que por esta vida passam - partilhar a vida com os outros. Isso faço-o no meu dia a dia normalmente".
Por sua vez, Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, admitiu que gostava de ter mais gente presente no evento e disse esperar que no próximo ano, "com outra sensibilização", a adesão das pessoas a esta causa será maior.
"O dia foi criado para estarmos com os pobres e eles estão cá connosco, mas não queremos estar apenas hoje com eles, mas sim que este dia seja uma sinergia para estarmos todos os dias com eles, porque com eles também se faz o desenvolvimento sustentado", frisou.
Em declarações à Lusa, o líder da instituição reconheceu também que 2017 tem sido um ano marcado por uma significativa demonstração de solidariedade e dos portugueses e que essa situação não irá condicionar o êxito desta campanha.
"A generosidade dos portugueses tem sido muito grande e tem sido solicitada frequentemente. Também tem sido anormal a desgraça dos incêndios, que extravasou a razoabilidade relativamente aos últimos anos. Portanto, se há mais pessoas vítimas desse ato criminoso que são os incêndios, temos de ter mais meios para ir em socorro das vítimas", resumiu.
Ao longo dos meses de novembro, dezembro e janeiro, os portugueses poderão contribuir com a compra de uma vela pelo valor de um euro. Do total de verbas recolhidas 65 por cento destinam-se para os projetos da Cáritas Diocesana e 35 por cento para o apoio às vítimas dos incêndios do verão e do outono na região centro de Portugal.
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