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"A razão pela qual usamos o termo holocausto da saúde é porque o Governo tem mantido os hospitais numa situação precária, ao não colocar, como deve ser, a quantidade de materiais necessários para atender emergências", disse o presidente da FMV.
Citado pelo diário El Nacional, Douglas León Natera precisou que a falta de medicamentos e de material médico-cirúrgico, as más condições dos hospitais e a insegurança, limitam e violam e vulneram o exercício da medicina na Venezuela.
Por outro lado, explicou que devido à crise político-económica no país, à falta de condições e aos baixos salários, os médicos, e os recém-formados nas faculdades preferem emigrar para outros países, para exercer a profissão, o que não acontecia há pelo menos 20 anos.
"Os médicos iam ao estrangeiro para ampliar os seus conhecimentos e ao terminar regressavam ao país", explicou, precisando que a situação agora é outra e que apesar da instabilidade económica muitos médicos desejam continuar no país.
Segundo Douglas León Natera, a situação na Saúde é "muito complicada", porque apesar da Constituição garantir o direito à saúde e à vida "as autoridades não se ocupam disso como deveria ser", acusou.
Nesse sentido precisou que os hospitais venezuelanos têm menos de 5% dos materiais médicos necessários para prestar cuidados médicos e que nas consultas externas falta papel para receitar medicamentos.
"Em 2017, os hospitais apresentaram 78% de escassez de medicamentos, 75% de faltas de material médico-cirúrgico e 76% de deficiências em cateteres e sondas (...) o mais grave é que os médicos sofrem agressões de parte de pacientes e familiares porque não têm como atendê-los", frisou.
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